A especialidade medicina de família e comunidade surgiu no Brasil há alguns anos com foco privilegiado na Atenção Primária à Saúde Geral, com o objetivo de gerar equidade e boa gestão dos recursos de saúde.
Cabe ao médico de família e comunidade (MFC) o primeiro contato, acompanhamento longitudinal, integral e coordenado da saúde de uma pessoa, considerando seu contexto familiar e comunitário, bem como suas descobertas e questionamentos nesse processo.
É competência do MFC solucionar problemas, prevenir doenças, tratar as doenças mais frequentes e gerir recursos disponíveis na rede de saúde.
Os princípios e práticas são centrados na pessoa (sem distinção de raça, sexo, idade ou sistema) – e não na doença – o que faz do MFC o médico do indivíduo e não de uma parte do corpo ou de um problema específico.
Atualmente o MFC cumpre um papel muito importante nos paradigmas de saúde e doença, em uma época e sociedade sobrediagnosticada e hipermedicalizada, muitas vezes desnecessariamente. Com o objetivo de prevenir essas intervenções desnecessárias e melhorar a qualidade de vida das pessoas, além de diminuir a medicalização e devolver ao indivíduo a autonomia do próprio corpo e do seu processo de adoecer, o MFC deve atuar seguindo o princípio da não-maleficência (primun non nocere), indicando intervenções que tenham respaldo científico e cujo benefício supere o risco para o indivíduo, além de encaminhar o paciente para o especialista quando necessário.
No Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde o trabalho das médicas de família envolve não só o cuidado da mulher do ponto de vista ginecológico (com exames de rastreio e prevenção de doenças), mas também em saúde geral.
Tem aumentado, além disso, nossa demanda por atendimento médico a homens e crianças de todas as idades, o que faz com que no espaço do Coletivo haja uma prática abrangente de saúde para todos que desejem um cuidado integral.
Aline Oliveira
Médica de família e comunidade formada pela FMUSP, trabalhou na rede municipal de saúde de SP, atualmente trabalha no Hospital Sírio Libanês e no Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde.
Luiza Cadioli
Médica de família e comunidade formada pela FMUSP, atua no Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde desde 2014 e em um posto de saúde da Zona Oeste de São Paulo desde 2017.
Nathalia Cardoso
Médica de Família e Comunidade pela FMUSP, trabalhadora do SUS em uma unidade básica de saúde desde 2018 e do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde desde 2015.
Carla Marques
Médica de Família e Comunidade pela FMUSP, faz parte do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde desde 2017. Também atua em Unidade Básica de Saúde do SUS na zona oeste de São Paulo desde 2018.
Monica Verdier
Médica de família com graduação e residência pela FMUSP. Trabalha no Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde e preceptora na residência de Medicina de Família e Comunidade da FMUSP. Bailarina nas horas livres.
Mariana Villiger
Médica de família e comunidade pela FMUSP, atua no SUS em uma UBS da zona oeste de São Paulo, tutora da Residência de Medicina de Família e Comunidade da FMUSP. Atua no CFSS desde 2018.
Larissa Oliveira Almeida
Médica de Família e Comunidade. Graduada pela FMRP-USP e especialista pela Uniara/Araraquara. Médica de postinho com alegria desde 2020. Cuida de tudo que é gente, animal e planta.